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8º SEMINÁRIO SOBRE A IMPLANTAÇÃO DE TRENS TURÍSTICOS E CULTURAIS

Este seminário mostrou exemplos de implantação de trens turísticos por grupos de pessoas realizadoras, as quais, com trabalho perseverante estão ressuscitando os trens de passageiros no Brasil.

Colocar em operação um trem turístico é uma maratona de dificuldades: conseguir a cessão de locomotivas e carros desativados há muito anos, transportá-los até oficinas ferroviárias, limpá-los, desinfetá-los, desmontar tudo, trocar as partes elétricas, hidráulicas e pneumáticas, inspecionar toda a parte mecânica, trocando as peças desgastadas por peças fabricadas em torno, substituir os motores diesel e as caixas de tração, depois fazer a pintura e limpeza final.
Se se tratar de locomotiva a vapor, a caldeira e tubulações de vapor tem que passar por um exame minucioso, com ultrassom, para checar a existência de microfissuras. Este trabalho tem que ser feito por um especialista credenciado. Todo este trabalho é feito com poucos recursos, quase sempre privados, e mão de obra voluntária. A ajuda governamental é mínima.

Nas conversas com os operadores ouvi uma frase:

– Não contamos com ajuda de governo, que não tem dinheiro para ferrovias, e só cria dificuldades..

Depois de meses ou anos de trabalho de recuperação de material rodante, os carros ou locomotivas têm que ser exaustivamente inspecionados e testados para ser homologado e aprovado para circulação pela concessionária privada detentora da linha onde o trem vai circular. Não há um órgão governamental que faça homologação ferroviária.

Mais difícil que conseguir a homologação é conseguir a anuência da concessionária para a circulação de trens de passageiros nas “suas” linhas. Outro problema é conseguir pagar o direito de passagem à concessionária, que o arbitra sempre em valores mensais elevados, embora os trens turísticos e culturais circulem só nos fins de semana e feriados.

Todas estas dificuldades tem sido vencidas pelos abnegados ferroviaristas da Associação Brasileira de Preservação Ferroviária, da Serra Verde Express, da OSCIP Amigos do Trem, e do Trem das Cachoeiras, de Rio Acima. Estas e outras entidades operam 27 roteiros ferroviários turísticos, situados no sul, sudeste e nordeste.

O Seminário contou com a participação majoritária dos paulistas, que desejam implantar viagens ferroviárias nas cidades de: Botucatu, Águas da Prata, Itu, Rio Claro, Santos, São Roque. As cidades mineiras presentes no seminário foram: Pirapora. Chiador, Nova Lima, Bicas, Contagem, Belo Horizonte, e Rio Acima.

A pequena Rio Acima poderá ter nos próximos anos uma atração turística de classe internacional : a primeira réplica do Globe Theatre, de Londres que é inteiramente dedicado a Shakespeare. As obras começam em setembro e têm patrocínio da Petrobras.

Um comentário

  1. Olá,

    Essa é a primeira vez que acesso o site pois o assunto TREM (principalmente turístico) muito me interessa.

    Eu e meu grupo de faculdade estamos realizando nosso Trabalho de Conclusão de Curso e nosso tema é interligar SP a Itú através de um trem turístico.

    Quando vi a matéria sobre o 8º Seminário, me despertou a curiosidade de saber sobre mais pontos e detalhes discutidos no encontro.

    Há algum meio no qual possamos nos comunicar?

    Obrigada desde já, e parabéns pela website.

    Thabata!

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